Isaura, Uma Caminhante Atemporal

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A IDÉIA DESTE ESPAÇO É COMPARTILHAR MATERIAL, INFORMAÇÕES, QUE POSSAM NOS AUXILIAR A VIVER COM AMOR E SERENIDADE, COMO FILHOS DE GAIA, QUE ESTAMOS, E COMO FRACTAIS DO GRANDE AMOR CÓSMICO, QUE SOMOS.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020


PESSOAS LINDAS NO AQUI E NO AGORA SEMPRE!

 “Mãe Terra, eu ofereço minha gratidão com todo o meu coração, e por meio dele os corações de todos os homens, mulheres e todos os seres que você carrega em seu ventre. Protege e abençoe tudo o que cresce”.



– “A Mãe Terra eliminou todas as minhas doenças e meus problemas de acordo com a sua vontade, para que eu possa receber a bênção do espírito divino e transmiti-lo a todos os seres vivos, de acordo com a sua vontade.”
– Fique em comunhão, em silêncio, enquanto a terra purifica-o completamente.
– Pense no seu espírito, sinta a sua alma, e pronuncie com toda a força da vida:
– “Eu ofereço minha gratidão amorosa e cheia de luz;
A Mãe Terra: gratidão;
A água da vida: gratidão;
Ao precioso ar: gratidão;
Ao fogo sagrado: gratidão;
Aos Minerais: gratidão;
Às plantas: gratidão;
Aos animais: gratidão;
À humanidade que caminha o caminho da evolução: gratidão;
A todos os anjos: gratidão;
À inteligência cósmica que criou os meus pensamentos: gratidão;
Ao oceano de amor que criou a minha sensibilidade: gratidão;
À vida universal que permeia o meu futuro com a semente da individualidade: gratidão;
A todos os seres no mundo: gratidão;
A Ele, a única fonte que une todos os seres em sua origem e finalidade: gratidão.”
( Antiga Prece Essenia )





Dia 11

Eu apelo ao Cristo para acalmar meus medos e para apagar todo mecanismo de controle externo que possa interferir com esta cura. Eu peço a meu Eu Superior que feche minha aura e estabeleça um canal Crístico para os propósitos de minha cura, para que só as energias Crísticas possam fluir até mim. Não se poderá fazer outro uso deste canal que não seja para o fluxo de energias Divinas.

Agora apelo ao Arcanjo Miguel, da 13ª Dimensão, para que sele e proteja completamente esta sagrada experiência. Agora apelo ao Círculo de Segurança da 13ª dimensão para que sele, proteja e aumente completamente o escudo de Miguel Arcanjo, assim como para que remova qualquer coisa que não seja de natureza Crística e que exista atualmente dentro deste campo.

Agora apelo aos Mestres Ascensionados e a nossos assistentes Crísticos para que removam e dissolvam completamente, todos e cada um dos implantes e suas energias semeadas, parasitas, armas espirituais e dispositivos de limitação auto impostos, tanto conhecidos como desconhecidos. Uma vez completado isso, apelo pela completa restauração e reparação do campo de energia original, infundido com a energia dourada de Cristo.

Eu sou livre! Eu sou livre! Eu sou livre! Eu sou livre! Eu sou livre! Eu sou livre! Eu sou livre!

Eu, o ser conhecido como (declare seu nome) nesta encarnação particular, por este meio revogo e renuncio a todos e cada um dos compromissos de fidelidade, votos, acordos e/ou contratos de associação que já não servem a meu bem mais elevado, nesta vida, vidas passadas, vidas simultâneas, em todas as dimensões, períodos de tempo e localizações. Eu agora ordeno a todas as entidades (que estão ligadas com esses contratos, organizações e associações às que agora renuncio) que cessem e desistam e que abandonem meu campo de energia agora e para sempre e em forma retroativa, levando seus artefatos, dispositivos e energias semeadas. Para assegurar isto, eu agora apelo ao Sagrado Espírito Shekinah para que seja testemunha da dissolução de todos os contratos, dispositivos e energias semeadas que não honram a Deus. Isto inclui todas as alianças e seres que não honram a Deus como Supremo. Ademais, eu peço que o Espírito Santo “testemunhe” essa liberação completa de tudo que infringe a vontade de Deus. Eu declaro isto adiante e retroativamente. E assim seja.

Eu agora volto a garantir minha aliança com Deus através do domínio do Cristo e a dedicar meu ser inteiro, meu ser físico, mental, emocional e espiritual à vibração de Cristo, desde este momento em diante e em retroativo. Mais ainda, dedico minha vida, meu trabalho, tudo o que penso, digo e faço e todas as coisas em meu ambiente que ainda me servem, à vibração de Cristo também.

Ademais, dedico meu ser à minha própria maestria e ao caminho da ascensão, tanto do planeta como o meu. Havendo declarado tudo isto eu agora autorizo ao Cristo e ao meu próprio Eu Superior para que façam mudanças em minha vida para acomodar esta nova dedicação e peço ao Espírito Santo que testemunhe isto também. Eu agora declaro isto a Deus. Que seja escrito no Livro da Vida. Que assim seja. Graças a Deus.

Ao Universo e à Mente de Deus inteira e a cada ser Nela contido, a todos os lugares onde tenha estado, experiências das quais tenha participado e a todos os seres que necessitam desta cura, sejam conhecidos ou desconhecidos de mim: qualquer coisa que se mantenha entre nós, eu agora curo e perdoo.

Eu agora apelo ao Santo Espírito Shekinah, ao Senhor Metatron, ao Senhor Maitreya e a Saint Germain para que ajudem e testemunhem esta cura. Eu os perdoo por tudo o que necessite ser perdoado entre vocês e eu. Eu lhes peço que me perdoem, por tudo o que necessite ser perdoado entre vocês e eu. O mais importante, eu me perdoo a mim mesmo, por tudo o que necessite ser perdoado entre minhas encarnações passadas e meu Eu Superior.

Estamos agora coletivamente curados e perdoados, curados e perdoados, curados e perdoados. Todos estamos agora elevados a nossos seres Crísticos. Nós estamos plenos e rodeados com o amor dourado de Cristo. Nós estamos plenos e rodeados da dourada Luz de Cristo. Nós somos livres de todas as vibrações de 3ª e 4ª dimensões de dor, medo e ira. Todos os cordões e laços psíquicos unidos a essas entidades, dispositivos implantados, contratos ou energias semeadas, estão agora liberados e curados. Eu agora apelo a Saint Germain para que transmute e retifique com a Chama Violeta todas as minhas energias que me foram tiradas e as retorne a mim agora em seu estado purificado.

Uma vez que estas energias regressaram a mim, eu peço que esses canais, através dos quais se drenava minha energia, sejam dissolvidos completamente. Eu peço ao Senhor Metatron que nos libere das cadeias da dualidade. Eu peço que o selo do Domínio do Cristo seja colocado sobre mim. Eu peço ao Espírito Santo que testemunhe que isto se cumpra. E assim é.

Eu agora peço ao Cristo que esteja comigo e cure minhas feridas e cicatrizes. Eu também peço ao Arcanjo Miguel que me marque com seu selo, que eu seja protegido(a) para sempre das influências que me impedem de fazer a vontade de nosso Criador.

Assim é! Eu dou graças a Deus, aos Mestres Ascensos, aos Anjos e Arcanjos, e a todos os outros que participaram neste ato de cura e elevação contínua do meu ser!
Selah.
Santo, santo, santo é o senhor Deus do universo!"

(Oração da limpeza espiritual dos 21 dias do Arcanjo Miguel)





E SEMPRE, ENQUANTO, SEMPRE, PRECISO FOR!

"Divino Criador, Pai, Mãe, filho – todos em um
Se eu, minha família, os meus parentes e antepassados ofendemos Sua família, seus parentes e antepassados em pensamentos, palavras, ações e realizações, desde o início de nossa criação até o momento presente, nós pedimos o Seu perdão. Deixe que isto se limpe, purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas. Transmute essas energias indesejáveis em pura LUZ. E assim é! Está feito! Para limpar o meu subconsciente de toda a carga emocional armazenada nele, digo uma e outra vez durante o meu dia as palavras-chave do Ho’oponopono: EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Declaro-me em paz com todas as pessoas da Terra e com quem tenho dívidas bpendentes. Por esse instante e em seu tempo, por tudo o que não me agrada de minha vida presente EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Eu libero todos aqueles de quem eu acredito estar recebendo danos e maus tratos, porque simplesmente me devolvem o que eu fiz a eles antes, em alguma vida passada EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Ainda que me seja difícil perdoar alguém, sou eu quem pede perdão a esse alguém agora, por este instante, em todo o tempo, por tudo o que não me agrada em minha vida presente EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Por este espaço sagrado que habito dia-a-dia e com o qual não me sinto confortável EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Pelas difíceis relações das quais guardo somente lembranças ruins EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Por tudo o que não me agrada na minha vida presente, na minha vida passada, no meu trabalho e o que está ao meu redor, Divindade, limpa em mim o que está contribuindo com minha escassez EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Se meu corpo físico experimenta ansiedade, preocupação, culpa, medo, tristeza, dor, pronuncio e penso: Minhas memórias, eu te amo! Estou agradecido pela oportuidade de libertar vocês e a mim EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Neste momento, afirmo que TE AMO. Penso na minha saúde emocional e na de todos os meus seres amados… TE AMO Para minhas necessidades e para aprender a esperar sem ansiedade, sem medo, reconheço as minhas memórias aqui neste momento EU SINTO MUITO, ME PERDOE, EU TE AMO, SOU GRATA Minha contribuição para a cura da Terra: Amada Mãe Terra, que é quem Eu Sou Se eu, a minha família,os meus parentes e antepassados te maltratamos com pensamentos, palavras, fatos e ações desde o inicio de nossa criação até o presente, eu peço o Teu perdão deixa que isso se limpe e purifique, libere e corte todas as memórias, bloqueios, energias e vibrações negativas, transmute estas energias indesejáveis em pura LUZ. Assim é! Para concluir, digo que esta oração é minha porta, minha contribuição a tua saúde emocional, que é a mesma minha, então, esteja bem. E na medida em que você vai se curando eu te digo que Eu SINTO MUITO pelas memórias de dor que compartilho com você. Te peço PERDÃO por unir meu caminho ao seu para a cura. Te AGRADEÇO por estar aqui para mim…
E O AMO por ser quem você é!"

(Ho’oponopono, Oração Original Morrnah Namalaku Simeona )

GRATIDÃO AOS MESTRES ASCENSIONADOS E SUAS HIERARQUIAS E AO INFINITO "EU SOU" QUE NOS AMA, GUIA E ENVOLVE!

Isaura Lamat kin 8 de Sirius






Quinta-feira plena de AMOR LUX E SERENIDADE! Vibrando com a Chama Verde, SENTINDO E EXPANDINDO A ENERGIA AMOROSA DE MESTRE HILARION, MESTRA MARIA DE NAZARÉ,  ARCANJO RAPHAEL E SUA HIERARQUIA ENVOLVENDO QUE, JUNTO COM A EQUIPE MEDICA GALÁCTICA , SE DEDICA À CURA DO SER, DA HUMANIDADE, DO PLANETA.
SOU UM SER DE LUZ, BUSCANDO ILUMINAR O MEU CAMINHO E, ASSIM, AUXILIAR VOCÊ A ILUMINAR O SEU, PORQUE EU SOU VOCÊ E VOCÊ SOU EU, FILHOS DE GAIA, FAMÍLIA ESTELAR, FRACTAIS DO GRANDE AMOR CÓSMICO! EU VEJO VOCÊ!
IN LAK'ECH AL'A KIN!Isaura Lamat Uaxac kin 8 de Sirius



" PENSAMENTOS " - CONEXÃO COM HILARION 


Amados, 


Eu venho nas asas do amor! As energias que estão chegando nos meses a seguir são energias intensificadas pela Luz do Amor. Isso fará com que aqueles que não são ressoantes com essas energias sintam-se como se o mundo deles virou-se de cabeça para baixo, em relação a tudo que eles acreditam e a tudo que está sendo revelado, pois, não é isso que eles pensam e acreditam. Eles verão seus pensamentos manifestando-se em volta deles quase que instantaneamente: - Assim, qualquer mentira, conluios, corrupção e enganos que eles participam têm que ser enfrentados por eles e trazidos para serem contabilizados, no que tange a serem responsabilizados.

Nós advertimos a cada um de vocês a disciplinar seus pensamentos, no sentido de terem uma experiência para o bem, para tudo que desejarem viver, em seu dia a dia. Como nós frequentemente dizemos, encontrem coisas diariamente para serem gratos. Ao sentirem gratidão isso irá aumentar os acontecimentos prazerosos em suas vidas, e eles irão se manifestar muito rapidamente. Cada um de vocês deve nutrir seu corpo, mente e espírito com atividades online que lhes façam rir e sentirem-se bem consigo, com seus entes queridos e com os outros que estão em sua volta.
Observem apenas filmes positivos e alegres que lhes deixem com sentimentos elevados e inspiradores, e em sintonia com a Fonte Criadora.
Alinhem-se diariamente com pensamentos que lhes tragam felicidade, especialmente quando confrontados com imagens baseadas em pensamentos negativos e de medo. Aprendam “a observar quando isso ocorrer, e aí, quando isso acontecer apenas digam” NÂO – essa não é a minha realidade!”“. Escolham experimentar tudo que é bom, tudo que é decente, e que empondera vocês e aos outros. Esse é o efeito cascata que assim, irá se exteriorizar na atmosfera do planeta para emponderar inteiramente a Criação. Ao procederem assim, vocês elevarão nosso planeta por caminhos de prosperidade e alegria, tornando-o um lar sagrado para os seres humanos purificados “ renovados- como se fossem refeitos como novos”.
Vocês estão em um estágio preparatório de aprendizado de como a nova realidade funciona. Nessa nova realidade, todos os seus pensamentos e sentimentos são instantaneamente manifestados como sendo a sua experiência exteriorizada. (Isso já está acontecendo para alguns de vocês... Sabem que isso se mostra como uma sincronicidade e sinais ao longo do caminho). É melhor vocês limparem qualquer motivação interna que não esteja alinhada com o mais elevado bem para todos, de forma a mais rápida e responsável possível que vocês conseguirem. O período de tempo atual é para permitir que tudo que não estiver em alinhamento com o mais elevado e maior bem de vocês seja então elevado, a partir de seu interior, para que vocês consigam criar um bloqueio deles para obterem a purificação interna do ser que vocês são. A purificação interior no corpo, mente e espirito é a chave para avançarem em qualquer movimento.
O novo jogo, se vocês preferirem chamar assim, na nova realidade é operacionalizar as suas tarefas diárias com total transparência, para que nada permaneça oculto por muito tempo. Todos irão conhecer essa verdade e isso irá gradualmente encorajar as pessoas para serem verdadeiras umas com as outras. Isso facilitará o progresso notável em trazer a nova tecnologia espiritual que é útil para o planeta inteiro e seus habitantes. E muitas mudanças positivas melhorarão a vida de vocês serão manifestadas através de benefícios para todos.
Nesse momento do agora está acontecendo uma limpeza coletiva, massiva e purificadora. Nós estamos vendo-a em escala global. O que antes funcionava para camuflar as motivações e ações internas indesejáveis de indivíduos, agora não mais funciona. Usar distrações para manipularem a consciência coletiva para que se pense em determinadas direções, não terão mais efeitos, desde que cada individuo seja purificado, dentro de seu santuário interno. Pois quando o coração é puro, não tem medo de nada, ele é protegido automaticamente.
Qualquer energia negativa enviada, de alguma maneira é automaticamente enviada de volta para o seu remetente, e então este irá ter que lidar com o caos que ele mesmo intencionou para o outro. Quando isso estiver acontecendo com frequência o bastante para serem discernida para as consciências dos remetentes eles irão sentir a maior decepção em relação a não poderem mais fazer mal à humanidade. Assim esse modo de atuar manipulando a humanidade para direções não benevolentes para ela está sendo completamente superado e finalizado.
Eles não serão mais capazes de controlar e manipular os seres humanos, no sentido de terem um corpo para que este seja usado como ferramenta deles. Esses seres, mesmo agora, estão deixando o planeta em grande pressa. Eles sabem que o tempo deles aqui, acabou.
Até o mês que vem,

EU SOU Hilarion


Canal: Marlene Swetlishoff / Tsu-tana (Soo-tam-ah)

Fonte: http://www.therainbowscribe.com/
Tradução: Helena Renner (helenarenner1@gmail.com)

Gratidão, Helena!
Isaura Lamat Uaxac kin 8 de Sirius





 - "A QUESTÃO DE SER HUMANO " - Maria Madalena


Queridos homens e mulheres,

Bem-vindos a este círculo. Eu sou Maria Madalena. Uma vez estive na Terra como uma mulher que viveu e amou, e algumas vezes se desesperou e lutou contra as próprias emoções humanas que todos vocês conhecem tão bem em si mesmos.

Estou aqui hoje para discorrer sobre o que significa ser humano. Muitos de vocês estão cansados de ser humanos. Há muita luta em seus corações, dor e medo que trazem do passado, e às vezes cansaço, bem como um afastamento da verdadeira abertura, devido à insegurança sobre o que o fato de serem humanos na Terra poderá lhes trazer. Tudo isto é compreensível, porque, ao virem para a Terra, vocês encontram uma resistência ditada pelas memórias de vidas passadas e agravada pelas saudades do Lar, um lar que vocês conheceram nos reinos da harmonia e da luz. Todos vocês carregam essas memórias dentro de si e, quando descem à Terra como almas, podem tornar-se um tanto deprimidos.
Peço, então, a cada um de vocês, que se conecte com a parte de si que está lutando aqui na Terra, e aceite que ela tem medo de estar aqui. Sua consciência não é da Terra; sua consciência é infinita, cósmica, e sente-se em casa no universo inteiro. Ela está aqui de visita e vive apenas temporariamente em um corpo terreno. Reconheça e acolha essa parte sua, que tem medo de estar aqui, medo de realmente participar da vida e de estar aberta para tudo o que pode ser vivido aqui na Terra. Permita que toda essa aflição se faça presente… a dúvida, a solidão, o tédio, o desespero. Peço-lhe que se abra para essas dores, porque uma ferida só pode ser curada quando a atenção amorosa flui em direção a ela.
Muitos de vocês querem adotar os ornamentos do caminho spiritual. Mas quando se atinge as alturas da luz, antes mesmo que se possa perceber, deixa-se para trás tudo o que é mundano. O que vocês realmente são incentivados a fazer, aqui e agora, é olhar para as trevas dentro de si mesmos e enviar luz para essa escuridão. Mas isto é algo que pode despertar resistência em vocês. Entretanto, mergulhar nas próprias trevas, solidão e sentimento de separação é o que pode lhes oferecer a maior satisfação. Pois, assim fazendo, vocês descobrem quem realmente são – os portadores da luz, aqueles que vieram para iluminar a escuridão.
Agora, imaginem que aquela velha dor, que vive na alma de cada um de vocês, está reunida no centro deste círculo de pessoas. Essa dor se expressa de muitas formas; pode se manifestar como agitação, ansiedade, tristeza, incerteza, um sentido de desconexão…. Peço-lhes que, enquanto estão em um círculo ao redor dessa velha dor, visualizem uma tocha acesa nas mãos de cada um de vocês, as quais se estendem em direção ao centro do círculo, de modo que essa dor possa ser completamente iluminada e vista, e não precise mais se esconder no escuro.
E que cada um permita que a sua luz brilhe. Você não é essa dor; você é aquele que pode aliviá-la e transformá-la, e esta é a sua verdadeira tarefa e missão aqui na Terra. Quando lança sua luz sobre sua própria escuridão desta maneira, essa luz se irradia também para os outros e os encoraja a fazer o mesmo. Você é, então, um trabalhador da Luz – começa com você. Aí está o convite mais profundo para você – aceitar e acolher totalmente suas partes mais vulneráveis; e foi isto que fizemos nesta semana. Quando você observa as mágoas mais profundas de uma pessoa, percebe que elas são virtualmente as mesmas em todo mundo – homens e mulheres – e que vêm da necessidade de ser reconhecido e amado, ou do sentimento de ser privado de amor e compreensão.
O propósito original da sexualidade, da intimidade, é a alegria, e esse encontro é extremamente valioso – podemos inclusive chama-lo de sagrado. Quando um homem e uma mulher se encontram com franqueza e respeito, há uma união de energias que é literalmente criativa. Dessa união poderá nascer uma nova criança humana, maravilhosa e bela. Mas esse encontro é também criativo num sentido mais profundo. No nível da alma, você pode ser animado e tocado pela alma de outra pessoa de uma forma intensamente enriquecedora para você, e por meio da qual você se torna parte do Um sem perder sua própria singularidade, sua individualidade. Este é o verdadeiro significado de um encontro entre homem e mulher. Sinta a beleza disto, e sinta o quanto você deseja vivenciar o significado sagrado da sexualidade. Como alma, você está sempre buscando o Um, para voltar ao seu Lar, ao Divino que se encontra no seu interior. Você tem muitos nomes para isso: Deus, o Um, Tudo O Que É, o Universo, o Cosmos…, mas todos eles são insuficientes.
Trata-se daquele anseio, que você traz no fundo do seu ser, de viver em segurança incondicional, de ser completamente aceito e de poder se expressar livremente. Esta nostalgia profunda vive em todas as pessoas, e a coisa mais grandiosa no encontro entre marido e mulher – ou entre dois parceiros amorosos, que podem, inclusive, ser dois homens ou duas mulheres – a coisa maravilhosa em relação ao encontro sexual, é que, através dele, você pode ter um vislumbre do Um, da unidade. Ao vivenciar o aspecto humano exatamente através de tal polaridade – a dualidade homem-mulher – você tem um vislumbre do Lar, do Paraíso, e é enriquecido por isto. A sexualidade foi concebida para ser uma fonte de luz, uma dança terna, delicada.
Entretanto, especialmente no campo da sexualidade, os seres humanos ficaram profundamente feridos; desenvolveu-se uma distância e uma hostilidade entre os dois sexos. As pessoas não se sentem mais à vontade com a energia do sexo oposto, mesmo quando essas energias estão dentro delas mesmas. As mulheres têm dificuldade para assumir sua energia masculina, sua autoconfiança, seu poder. Os homens lutam para se entregar aos seus sentimentos, às suas emoções, ao prazer da fusão com outra pessoa. Como foi que isto aconteceu?
Seria uma longa história trazer à luz todos os aspectos da evolução das energias masculina e feminina. Mas o fato básico é que Deus, a fonte de tudo o que existe, lhe deu a liberdade de explorar e experimentar, e também de se arriscar a ter resultados em forma de energia desequilibrada. No entanto, isso foi necessário para que você realmente compreendesse quem é e que responsabilidade lhe foi conferida. Você não é uma criança nas mãos de Deus, você é um Deus em formação que deve aprender a assumir responsabilidades e estar em equilíbrio com todos os elementos da vida.
Você é um Deus em botão. Sinta como você é poderoso e autônomo. Você é uno e indivisível, e, embora seja inextricavelmente ligado à Fonte de tudo o que existe, você é também totalmente você mesmo, inteiramente único. Permita que este conhecimento penetre em si. Você é você e ninguém mais; e isto já é um milagre, um mistério. Isto é ser uma alma, indivisível e única; isto é ser um Deus, um criador: livre, independente, autônomo.
Você consegue arcar com a responsabilidade de tanta autonomia? Esta é a verdadeira questão. Uma parte sua não quer assumir toda essa responsabilidade, e essa parte é a sua sombra. Ela se sente impotente, ansiosa, separada da Fonte. Ela quer voltar ao Lar, como uma criança que chama a mãe. E, muitas vezes, relacionamentos sexuais românticos são usados como uma forma de voltar ao Lar – mas isto não funciona.
O Lar está em você… em ser você mesmo e único. Assumir sua total autonomia é o primeiro passo para um relacionamento maduro. Sentir-se em casa, à vontade consigo mesmo, confiando na sua própria essência, é a condição para um relacionamento profundo e feliz com outra pessoa. Mas esta condição é incompatível com o desejo infantil que muitas vezes se busca em um relacionamento de amor romântico; um anseio de fazer parte do outro, de fundir-se completamente com o outro, como se o outro fosse um pai/mãe onisciente em quem você pudesse se apoiar como uma criança. É justamente no amor romântico que a criança interior deseja liberar seus próprios fardos e colocá-los sobre outra pessoa. Ocorre, então, uma dependência emocional e logo os dois parceiros acabam ficando sufocados.
O primeiro passo para um relacionamento curador, sagrado, é voltar-se totalmente para dentro de si, para o lar que está em você mesmo; e envolver em seus braços a criança interior que se desviou do caminho e se sente perdida. Assuma o seu próprio papel de adulto; a outra pessoa não pode curar as suas feridas; você é seu próprio curador, sua própria luz. Quando consegue penetrar em si mesmo desta maneira, aceitando-se profunda e inteiramente, você está pronto para estender a mão para o outro e tocá-lo com abertura e admiração. Este é o segundo passo para construir um relacionamento alegre e abundante – estender a mão para o outro com admiração. E admiração significa que não há nenhuma expectativa, nenhum desejo de coisa alguma, nenhuma necessidade de nada; é simplesmente olhar para o outro com admiração e interesse.
A mais bela forma de amor romântico é maravilhar-se, sentir-se atraído pelo outro, querer aprender e explorar o outro da maneira mais aberta e íntima. E fazer isso sem querer adicionar essa pessoa à sua própria visão do mundo, às suas ideias; sem querer moldá-la às suas expectativas e necessidades, mas simplesmente para brincarem juntos. Só então o outro consegue se entregar, porque não há nenhuma pressão nem obrigação. Você é livre, o outro é livre, e vocês se unem voluntariamente.
Existe, então, algo superior que conecta a ambos, algo que reside no coração. Você não tenta mudar ou curar o outro, nem tenta torna-lo melhor. Não; vocês celebram a vida juntos e, assim fazendo, curam-se. Não um através do outro, mas cada um através de si mesmo e da sua capacidade de confiar em seu próprio ser e, a partir daí, estar aberto para experimentar da riqueza e da abundância de outra alma.
Peço-lhe, agora, que imagine que você está completamente em paz. Leve sua atenção para a sua coluna, descendo ao longo dela, passando pelo coração e abdome até a pélvis. E sinta que esta é a área do seu corpo que está associada à sexualidade. Sinta isso com admiração e franqueza, sem os preconceitos e sentimentos de vergonha ou impureza, que foram associados à sexualidade pela sociedade e pelo passado. Sinta essa área tão aceitável e neutra quanto, por exemplo, a sensação de um dedo do pé. Aqui está a âncora para a sua existência humana, e aqui, na área do seu abdome e pélvis, estão seus instintos básicos. É aqui que você se sustenta na Terra.
Desça com sua consciência… apenas esteja presente. Onde quer que esteja agora, sinta-se em casa consigo mesmo, com quaisquer emoções humanas com as quais esteja lutando. O que importa é que você está aí para se apoiar. Sua luz, sua essência, podem enfrentar tudo, porque é uma luz imortal, uma luz que suaviza e compreende. Preencha toda a sua aura com esta luz. Sinta-se verdadeiramente sustentado em sua própria luz divina, e perceba como o universo, Deus, a Fonte de tudo, amam você. Foi por isto que o criaram – para ser tão único quanto você é. Você é totalmente aceito, admirado, amado, porque é quem é, exatamente como você é agora.
A partir deste estado de consciência, olhe para alguém que você ama. Pode ser seu parceiro de vida, mas também um amigo, um filho, ou seu pai ou sua mãe…. Simplesmente escolha alguém que lhe venha à mente, com quem você queira se conectar agora. Enquanto se conecta com essa pessoa que vê diante de si, mantenha-se completamente voltado para si mesmo; seus limites são respeitados, portanto permaneça em seu próprio ser. Sinta-se tranquilo e confortável ao fazer isto. Respire calmamente pelo abdome e não sinta que deveria ajudar ou mudar o outro. Na verdade, você não precisa fazer absolutamente nada, simplesmente mantenha-se em seu centro. Então olhe com abertura e admiração para a outra pessoa. Veja o que ela irradia enquanto está à sua frente. Quando está observando-a desta maneira, você se aproxima dela com admiração. Você não precisa fazer nada, e o outro também não precisa fazer nada. Você simplesmente observa a aparência dele, como ele se move, e o que você percebe em relação à energia dele.
Então, chegue mais perto dessa pessoa, enquanto o seu próprio campo energético se mantém à sua volta. A partir do seu coração, sinta profundamente essa pessoa. Deixe que qualquer coisa que você sinta em relação a ela venha à tona espontaneamente, e observe isso com admiração e sem julgamento. Veja o que os conecta e o que lhes proporciona a conexão mais vital e alegre. Não olhe para o que não vai tão bem ou é discordante, e para o que lhes causa confrontos, mas olhe para aquela vertente mais elevada, mais leve, mais jovial que os conecta, na qual a energia flui entre vocês sem esforço, e aproveite isto. Você não precisa fazer nada com isso, a não ser obter prazer.
Acolha essa luz por um momento. Sinta como a luz, através dessa vertente, flui para o seu coração, e veja o que isto provoca em você – traz algo novo e vibrante para a sua vida, algo com o qual você pode seguir adiante, que o enriquece ainda mais. Vocês o receberão por estarem juntos, enquanto cada um permite que o outro seja livre. É na admiração e na permissão para que o outro seja livre, que vocês se encontram mais profundamente. Este é o propósito da verdadeira intimidade.
O primeiro passo é sentir-se à vontade consigo mesmo, confiar em si mesmo, e continuar agindo assim, mesmo quando está em contato com o outro. O segundo passo é voltar-se para o outro com admiração, sem querer muda-lo ou controla-lo; simplesmente observando, sentindo e descobrindo o outro. E o terceiro passo é desfrutar do que flui facilmente entre vocês quando estão juntos – aproveitar esse fluxo e deixar que o outro seja livre.
Os relacionamentos na Terra são muito preciosos. É onde você se depara, energeticamente, com suas emoções humanas mais intensas. No começo eu falei “Estou aqui hoje para ser uma advogada do ser humano.” Com isto quero dizer que, historicamente, para manifestar a essência divina, geralmente buscava-se transcender o aspecto humano, tentando elevar-se acima dele e realmente fugir das próprias emoções, tornando-se um recluso, de modo a evitar os laços de relacionamentos autênticos com parceiros. O meu caminho para o divino é ser realmente humano através de relacionamentos, porque, embora esta seja a situação onde somos mais profundamente confrontados com nossos sentimentos de solidão, saudades e desespero, é também onde vivenciamos admiração, alegria intensa, conexão e uma intimidade preciosa.
Uma vez que você tenha entrado em um relacionamento íntimo profundo com outra alma na forma humana, ele se mantém para sempre na memória da sua alma. Quando a alma é profundamente tocada por ter sido humana, por ter sido um homem e uma mulher conectados pela sexualidade, isto é verdadeiramente um portal para o divino. Desta forma, o espiritual, a luz divina, pode realmente começar a viver nas pessoas e na sociedade humana. A espiritualidade adquire um brilho vivo e dourado, não através do isolamento em algum reino lá no alto, mas precisamente através da interação na Terra entre humano e humano.
Quero agradecer a todos vocês por estarem juntos aqui, pela abertura com que estão conectados de coração. É isto que importa! A verdadeira espiritualidade não é a disciplina ou o desenvolvimento de certas habilidades ou artes que vocês dominem. Ela se resume simplesmente a um coração aberto, um coração humano que deseja se curvar para as suas próprias trevas, com admiração e gentileza e, assim fazendo, experimentar também a alegria do amor – o caloroso amor humano.

Muito obrigada.


Canal: Pamela Kribbe

Fonte: http://www.jeshua.net/por/
Tradução: Vera Corrêa / veracorrea46@ig.com.br
Gratidão, Vera!
Isaura Lamat Uaxac kin 8 de Sirius 


Seja Líder de Si Mesmo – O Maior Desafio do SER Humano



Autor: Augusto Curry
A Última Fronteira da Ciência… Descobrir Quem Somos:
Quem discrimina os outros diminui, quem supervaloriza os outros diminui a si mesmo.
A vida humana é belíssima, mas brevíssima. Cada um de nós vive num pequeno parêntes de tempo. Envolvemo-nos em tantas atividades sociais que não percebemos o mistério que cerca a existência.
Por ser tão breve a vida, deveríamos vivê-la com sabedoria para sermos cada vez mais pais, educadores e profissionais inteligentes, jovens mais sábios, amigos mais afetivos. Muitos vivem apenas porque estão vivos. Vivem sem objetivos, sem metas, sem ideais, sem sonhos. Não sabem como lidar com sua fragilidade e lágrimas. Sabem lidar com os aplausos, mas desesperam-se diante das vaias. Recebem diplomas na escola, mas não sabem ousar, criar, correr riscos calculados e cultivar o que amam. Você já procurou esquecer tudo ao seu redor e olhar para dentro de si? Eu estudo a mente humana há anos, e cada vez mais sinto que a ciência sabe muito pouco sobre quem somos. Ter capacidade de pensar e se emocionar são fenômenos difíceis de entender. A última fronteira da ciência é saber quem somos. É desvendar a natureza da energia psíquica e os segredos da nossa inteligência. Nossa espécie tem consciência da grandeza da inteligência de cada ser humano? Pouquíssima! Que sociedade é essa em que alguns são supervalorizados e a maioria é relegada ao rol dos anônimos? Muitos podem não ter fama e status social, mas para a ciência todos somos igualmente complexos e dignos.
Afinal de contas, todos somos grandes artistas no teatro da vida. Toda vez que confecciona uma idéia você é um grande artista. A Rainha da Inglaterra não tem mais valor e nem mais complexidade intelectual do que um mendigo nas ruas de uma cidade; pareça ou não absurda, esta é uma verdade cientifica. Um cientista da Nasa não tem mais segredos psíquicos do que um miserável faminto do 3º mundo. Respeitar e tomar algumas pessoas como modelo é saudável. Superdimensioná-las é doentio, bloqueia nossa inteligência e liberdade. Cada ser humano tem uma história magnífica, uma mente fantástica e um potencial intelectual grandioso, mas frequentemente represado. Podemos e devemos ser autores da nossa história.
A teoria de Darwin explica alguns fenômenos biológicos, mas é simplista para explicar o campo da energia psíquica. Ela é superficial para explicar a formação da consciência e de como os pensamentos se organizam, vivem o caos e se reorganizam. Pensar não é uma opção do Homo Sapiens, pensar é inevitável. O maior desafio do ser humano e dominar seu mundo intelectual. A complexidade da mente humana revela que ela é obra-prima de um Criador fascinante.
E a emoção? Quem pode entendê-la ou controlá-la plenamente? Há muitos miseráveis no território da emoção andando em carros luxuosos, usando jóias caras, roupas de marca e saindo nas colunas sociais. Os verdadeiramente ricos fazem muito do pouco, extraem prazer das coisas simples. Os ricos não são os que têm posses, mas os que alargam as fronteiras da sua emoção e têm autocontrole. Mas é possível ter pleno autocontrole?
Não! Nenhum ser humano domina plenamente sua emoção. Desista de ser uma pessoa completamente equilibrada. A energia emocional é sempre flutuante, mas não deve haver exagero. Uma emoção doente é instável, mal-humorada, negativista, desprotegida, ansiosa. Qualquer problema a invade, fere. Uma emoção saudável é estável, motivada, protegida, alegre, tranqüila e capaz de superar os inevitáveis períodos de ansiedade. Seu maior desafio é cuidar e liderar seu próprio ser. O território dos pensamentos e da sua emoção é seu tesouro. se quiserem viver dias felizes, cuide dele mais do que de seus bens.
Não Fomos Treinados Para Sermos Líderes de Nós Mesmos:
Ninguém pode brilhar no palco do mundo se não brilhar no palco da sua inteligência.
Cada ser humano possui uma grande história. Nessa história ele deve ser o ator principal e o autor do roteiro de sua vida. A 1ª grande lição para quem deseja ser líder é aprender a ser humilde para entender a grandeza da vida. Apesar de a mente humana ser de indescritível esplendor, ela adquire conflitos com facilidade: complexo de inferioridade, timidez, fobias, depressão, insegurança, preocupação excessiva com o futuro e com a imagem social, etc. Ser ator principal no palco da vida não significa não falhar, não chorar, deixar de tropeçar… Ser ator principal significa refazer caminhos, reconhecer erros e aprender a deixar de ser aprisionado pelos pensamentos e emoções doentias. Os agressivos, os intolerantes e os arrogantes são os mais frágeis no teatro da vida. Eles têm medo de subir no palco, perdoar os outros, se perdoar, chorar, reconhecer suas falhas e limitações. São infelizes. Ninguém se constrói sozinho. Somos construídos e construtores da nossa personalidade. Somos construídos pela carga genética, pelo sistema social, pelo ambiente educacional e pela atuação do eu. O eu representa nossa identidade e capacidade de decidir. Ser autor da nossa história é ter um eu consciente, livre e líder. O eu tem de ser treinado para ter um papel de líder na construção da nossa personalidade. Se não aprendermos a ser líderes, o que ocorrerá? Poderemos ser vítimas do ambiente, dos nossos conflitos e da carga genética. Felizmente podemos ser autores da nossa história, mudar o curso das nossas vidas. Por isso, veremos aqui que podemos resgatar a liderança do eu, reeditar o filme do inconsciente e construir janelas paralelas na memória. Podemos superar as feridas psíquicas e construir uma história inteligente. É fácil dirigir nossa história? Não! É mais fácil ser controlado por nossa emoção do que controlá-la, protegê-la, expandi-la. Muitos jovens fracassam porque não sabem dar um choque de lucidez na sua emoção. Muitos adultos bloqueiam seu potencial intelectual porque são aprisionados pelos pensamentos construídos sem autorização do eu.
Muitos pensamentos que o perturbam foram produzidos por fenômenos inconscientes, e não por sua vontade consciente. O que fazer com esses pensamentos? Eis a Grande Questão!
É incrível como somos passivos. Crianças, jovens e adultos vivem seus pensamentos sem saber que podem criticá-los e confrontá-los. Aceitam seus pensamentos, deixando preocupações, baixa auto-estima, doenças e medos sufocarem sua emoção, e simplesmente não fazem nada. A educação mundial falhou gravemente, fomos treinados para atuar no mundo exterior e não no interior. Para ilustrar nossa fragilidade nessa área contarei uma história. Imagine que você está tranqüilo na sala de sua casa e subitamente aparece um ladrão enorme, musculoso e com uma aparência violenta, e arromba a porta. Você se assusta e se desespera. O ladrão vai em sua direção, o ameaça e o espanca. Grita aos seus ouvidos querendo saber onde está o cofre. Você começa a sangrar, cai no chão e fica debaixo da mesa. Ele começa a chutá-lo. Mas de repente você faz uma grande descoberta. Descobre que a arma dele é falsa, que seus músculos enormes são enchimentos de espuma e seu corpo é franzino comparado ao seu. O que você faria? Ficaria debaixo da mesa? Deixaria que ele o ferisse impiedosamente? Permitiria que roubasse o que você tem de mais precioso? A maioria das pessoas reagiria se o ladrão fosse real, mas não reage quando o ladrão é psíquico. Deixe-me explicar: – Todos reagiriam se o ladrão fosse externo, estivesse fora deles. Mas quantos reagiriam se o ladrão fosse interno, estivesse na sua mente, tal como seus pensamentos negativos, pânico, culpa, timidez, angústias, relações impulsivas?
A maioria não reage ao ver sua preciosa tranqüilidade e segurança espancadas, roubadas, machucadas. Tem um eu tímido e frágil. Infelizmente aprendemos a ser submissos em nossa mente. Milhões de crianças e adultos adoecem psiquicamente por causa disso. Se os ensinamentos deste livro estivessem presentes na pauta das escolas, creio que muitos psiquiatras iriam tornar-se poetas e músicos. Não teriam pacientes. Você se considera uma pessoa submissa ou um líder?
Jamais deveríamos ser submissos diante dos entulhos psíquicos que se acumulam no solo psíquico. Jamais deveríamos aceitar sermos dominados por qualquer característica de personalidade que afeta nossa qualidade de vida e destrói tudo que amamos. Precisamos reagir!
É paradoxal, o ser humano tem tecnologia para destruir montanhas, mas tropeça nas pedras do seu medo e mau humor.
Devemos respeitar as pessoas mais velhas, as regras sociais e os direitos humanos. Mas não devemos respeitar os pensamentos e as emoções que assaltam nossa personalidade.
Você tem o direito de ser o autor da sua própria história. Você deve equipar seu eu para ser o ator principal do teatro da sua mente. Caso contrário, como veremos, as perdas e frustrações que o dominam não irão embora depois de saírem de cena. Para onde irão? Irão para o inconsciente, para os bastidores do teatro, e farão parte da sua personalidade. Muitos pais e professores deixam de brilhar porque, pouco a pouco, se tornam submissos à sua própria impaciência, não aprendem a ter autocontrole para encantar e surpreender os jovens. Muitos jovens são submissos á sua insatisfação. Não suportam críticas e perdas. Precisam ser treinados para ter proteção emocional, virar a mesa na sua mente e escrever sua própria história. Este livro objetiva contribuir para esse treinamento. E os profissionais graduados? Eles têm um comportamento diferente no anfiteatro dos seus pensamentos? Os empregados mais simples e os executivos dos mais altos níveis têm dificuldades semelhantes para ser líderes do seu mundo psíquico. Foram treinados para trabalhar exteriormente, mas não para ter um papel de destaque em seu interior. O que fazer quando estamos perdendo o que mais amamos? Alguns ficam paralisados, outros recuam. O que você faria? Reconquistaria quem mais ama? Lutaria pelos seus ideais? Romperia o cárcere do medo? Correria riscos ou ficaria na platéia esperando um milagre? Insisto em repetir: somos treinados para sermos espectadores, e não atores principais. Mas se reagirmos, a vida se tornará um espetáculo maravilhoso. Para ilustrar melhor esse assunto crucial. Contarei uma história em que você é o personagem central. Por favor, identifique-se apenas com as características que você possui. O personagem que descrevo poderia ser eu ou qualquer outra pessoa.
Penetrando na Mente Humana:
Figura do Teatro – Ninguém pode conquistar o mundo de fora se não aprender a conquistar o mundo de dentro…
Certa vez, você passeava tranquilamente pelas avenidas da vida. De repente, resolveu entrar num teatro. Ficou fascinado com sua beleza e arquitetura. O público, pouco a pouco, o lotou. Todos estavam ansiosos para ver a peça. Você também, mas não sabia quem a escrevera, qual era o seu conteúdo e nem quem eram os atores. Não imaginava que algo excepcional o aguardava. Você iria assistir à peça mais importante da sua vida. Seus olhos ficariam vidrados. Sua inteligência, perplexa. Nunca um teatro tinha escondido tantos segredos!
De repente, as cortinas se abriram, seu coração palpitou. Os atores eram de primeiro time. A peça logo de inicio o cativou. O ator principal representava a biografia de um personagem magnífico. Era inteligente, sutil, fino, corajoso. Você se encantou com o personagem e com o desempenho do ator principal. A peça continuou. O personagem tornou-se mais atraente. Mostrava gentileza com as crianças, amabilidade com os idosos e sensibilidade com os amigos. Contemplava flores, tinha tempo para as pequenas coisas. Elogiava as pessoas, brincava com todos, sorria até das próprias tolices. O público delirava com o personagem. Você suspirava, identificava-se com ele. Queria aplaudi-lo, mas se continha. Aos poucos, áreas mais profundas da biografia dele eram reveladas. Perdoava as pessoas, as encorajava e lhes dava sempre novas oportunidades. Mais ainda. Era capaz de se colocar no lugar dos outros e perceber seus sentimentos e necessidades ocultos. Os amigos amavam estar na sua presença, os parentes gostavam de colocá-lo no centro das atenções. Ao mesmo tempo que era afetivo e sensível, vivia a vida com aventura, era ousado, tinha grandes metas e grandes sonhos. Esse personagem era tudo que você sempre quis ser. Você se apaixonou por ele. Por isso, num golpe de coragem, ficou de pé e o aplaudiu calorosamente. Todos o acompanharam. O teatro vibrou. O ator principal ficou deslumbrado. De repente, uma surpresa. Enquanto os aplausos cessavam, duas pessoas entraram no palco, interrompendo subitamente a peça. Desenrolaram uma faixa na frente dos atores. Você ficou pasmado! A faixa revelava o nome do personagem cuja biografia estava sendo encenada. Talvez estivessem homenageando uma pessoa importante do passado, você refletiu. Mas se surpreendeu…
Ao desenrolarem a faixa, você quase desmaiou na cadeira. Na faixa constava seu nome! Assombrado, esfregou os olhos e beliscou os braços para verificar se não estava sonhando. “Não é possível!”, você dizia. Nesse momento, o público inteiro se levantou, o focalizou e o aplaudiu prolongadamente. No palco, os atores também o ovacionaram. Você não sabia o que fazer. Sua emoção estava arrebatada, não conseguia reagir de tanta alegria. Então, descobriu que, quando se apaixonara pelo personagem, você se apaixonara por si mesmo. Não sabia que tinha uma auto-estima tão borbulhante. Você chorou…
Você não tinha consciência de que era uma pessoa tão atraente, animada, cativante, segura, singela, serena, dócil e interiormente bonita Ao ver a peça, descobriu características belíssimas de sua personalidade. Você ficava tão bem no palco. Parecia um grande artista. Passado o êxtase, você ficou de pé, deu largos sorrisos para a platéia e distribuiu muitos acenos. De repente, outra grande surpresa. Ao percorrer a platéia com os olhos, descobre que ela é constituída por pessoas que passaram pela sua vida. Você não sabia se ria ou se chorava. Jamais pensou que viveria uma emoção tão grande.
Lá estavam seus amigos de infância. Que saudades! Quantas brincadeiras. Como a vida era suave e bela. Você marcou a vida deles, por isso eles estavam lá o prestigiando e torcendo por você. Mas infelizmente você raramente os visitou ou deu um telefonema para eles. Na platéia também estavam os queridos professores. Alguns ensinaram você a pegar no lápis, outros a entender os números e ainda outros a não temer a vida. Seus colegas de trabalho mais íntimos também estavam lá. E você pensava que eles não se importavam com você. Por isso, não entrava no mundo deles e desconhecia suas dificuldades. Os amigos recentes também estavam presentes. Sentiam orgulho de você. Para eles, você reluzia no palco e de fato merecia ser aplaudido. Lá se encontravam ainda todos os membros da sua família, dos mais íntimos aos mais distantes. Todos acreditavam em você, o amavam profundamente. Você nunca imaginou que era tão especial e querido. Sentiu-se a pessoa mais realizada e importante do mundo. Sentiu que era valorizado como ser humano, e não por seu dinheiro ou sucesso. Então você abaixou a cabeça e agradeceu a todos. O palco era seu. O teatro se tornou sua casa. Neste momento, alguém lhe passou um microfone. Todos silenciaram. Esperavam suas palavras. Emocionado e sincero, você disse que não entendia o que estava acontecendo, tudo parecia um sonho maravilhoso. Agradeceu a homenagem e disse humildemente que não merecia tanto carinho. Mais aplausos, mais lágrimas. Você agradeceu aos atores. Fixou os olhos no ator principal, sentiu que tinha algo em comum com ele. Disse-lhe: “Muito obrigado, você é demais!”. E falou para a platéia: “Construí amigos, enfrentei derrotas, venci obstáculos, bati na porta da vida e disse-lhe: não tenho medo de vivê-la!”.
As pessoas admiraram suas palavras. Você finalizou seu breve discurso com uma bela poesia: “Aprendi o caminho da singeleza, encontrei a morada da segurança, escalei os penhascos da coragem e procurei beber da fonte onde jorra a sensibilidade.”
As pessoas se convenceram de que estavam diante de um sábio, um poeta da vida. Então, você olhou para o infinito e falou algo para si mesmo: “A vida é um grande espetáculo. Vale a pena vivê-la, apesar de todas as suas dificuldades. Um vencedor não pode estar na platéia. Tem de estar no controle de sua vida!”.
Espere! A peça ainda não terminou.
O Outro Lado da História:
Muitos, nos momentos mais difíceis da sua vida, descem do palco e se tornam espectadores das suas misérias emocionais.
Após esses momentos de indizível felicidade, você sentou na poltrona e relaxou. Ia começar a segunda parte da sua história. Esperava que você e a platéia ainda assistissem a seus comportamentos maravilhosos, sua magnífica inteligência, suas românticas emoções. No início da apresentação, algo inesperado aconteceu. O ator principal abandonou o palco, veio para a platéia e sentou-se ao seu lado. Você apertou suas mãos e sentiu-se honrado. O teatro estava à meia-luz. Ao olhar para o ator, você piscou os olhos tentando enxergá-lo melhor, pois sentia que ele lembrava alguém conhecido.
Você se esqueceu que qualquer história, tanto a minha quanto a sua, tem vales e montanhas, coragem e timidez, conquistas e decepções, sanidade e loucura. Você começou agora a ver o outro lado da sua personalidade. É ótimo ouvir os aplausos, mas é dramático ouvir as vaias. Os atores coadjuvantes e até os figurantes dominaram o palco. Começaram a representar um personagem intolerante, que ficava irritado por tolices, perdia a paciência com facilidade. Você olhou de lado, deu uma risada forçada e fez um gesto com as mãos abertas pedindo compreensão. Afinal de contas, todo mundo erra.
A peça continuou, e você começou a suar. Na primeira parte seu personagem era tão tranqüilo e sereno, na segunda levantava a voz desnecessariamente. Perdeu seu bom humor, machucava as pessoas que mais amava. Não dava mais risadas das próprias tolices, não brincada, não elogiava as pessoas. Os atores encenavam você sendo capaz de sofrer horas e horas por um problema que não acontecera ou que você mesmo criara. Um ator coadjuvante teve a ousadia de pegar uma grande lata, ir para o centro do palco e escrever nela diante da platéia: “SUA EMOÇÃO É UMA LATA DE LIXO!”
Você engoliu em seco. Remexeu-se na poltrona. Queria protestar, mas sua consciência o acusava. Teve de admitir que levava problemas para a cama. Sofria por antecipação. Uma ofensa gerava um turbilhão de idéias perturbadoras. Foi obrigado a reconhecer que escolhia os alimentos que digeria, mas não aqueles de que sua emoção se nutria.
Assumiu que se preocupava com a segurança do carro, da casa, mas nunca tinha feito um seguro emocional, nunca tinha pensado que deveria proteger e acariciar a sua própria emoção. Você se punia, não admitia seus erros, se culpava, reclamava muito, agradecia pouco. Era seu próprio carrasco. As vaias começaram a surgir. A platéia, inconformada, gritava para você: “Onde está a pessoa apaixonada pela própria vida! Por que você leva a vida tão a sério? Onde estão os seus sorrisos?”. Essas perguntas ecoavam na sua alma, cortavam o seu coração. Sua vida deixou de ser um sonho e tornou-se um pesadelo. Você afundou na cadeira, franziu a testa e começou a achar que esse teatro não era o melhor lugar para estar. Mas o que fazer? Essa era a sua história. Fugir do teatro era fugir de si mesmo. Mas, em vez de assumir seus erros, ficou irritado com o ator principal: “Minha história era tão bela quando ele estava no palco!”.
Os atores continuavam a dissecar sua biografia. Mostravam que você não tinha mais tempo para os amigos, nem para si mesmo, não convidava ninguém para jantar. Você engolia sua comida, fazia tudo rápido, tornara-se uma máquina de atividades. Já não cativava seus colegas de trabalho. Não amava mais os desafios, não eram mais criativo, determinado, idealista. Sua história perdera o brilho. Vivia ansioso, distraído, não se concentravam, seus pensamentos estavam acelerados, e ainda por cima reclamava que se sentia sempre cansado e esquecido. Não acordava e agradecia a Deus pelo espetáculo da vida. Sua história começou a ficar mais sombria. O medo começou a ganhar o palco: medo do amanhã, de falhar, de ser derrotado, de ter sua imagem social diminuída. Não conseguia ser livre, se preocupava demais com a opinião dos outros. A platéia, pasmada, olhou para você, esperando que reagisse. Algumas pessoas mais próximas imploravam para você subir no palco e mudar o roteiro de sua história. Mas você, inseguro, se perguntava: Eu? Reagir? Entrar no palco? Nunca fui um ator! Como farei isso?. Nunca foi tão difícil mudar sua história. Você tinha sido bom para os outros, mas não sabia cuidar com carinho de si mesmo. Você olhou para o ator principal e fez um gesto para ele entrar no palco. Ele ficou mudo. Então, você começou a falar baixinho: “Frágil! Inseguro! Vai para o palco, assume seu papel! Tome uma atitude!”. Você projetou nele sua raiva, como se ele fosse culpado pelos seus vexames, suas atitudes incoerentes, sua falta de tolerância. Olhou em torno tentando procurar outros culpados. Culpou seus íntimos, a incompreensão das pessoas, a economia do país. Mas, no fundo, você sabia que seus argumentos eram desculpas. Você sabia que se tornara submisso às suas decepções e problemas emocionais e sociais. Projetava nos outros suas falhas. As vaias aumentaram. Numa atitude desesperada, você pensou em criticar abertamente o ator principal para que ele tomasse uma atitude. Queria gritar: “Esse ator é omisso, não me defende, não me valoriza!”. Entretanto, quando olhou para a poltrona dele, ela estava vazia. Intrigado, você se perguntava: “Por que ele desapareceu?”. Sua solidão expandiu-se.
Eis outra surpresa. Subitamente você olhou para seu corpo e percebeu que estava com os trajes do ator principal. “O que significa isso? Estou numa armadilha?”. Mais perguntas, nenhuma resposta. De repente, surgiu um grande insight, uma percepção interior. Abriram-se as janelas da sua inteligência…
Perplexo, você descobriu afinal que nunca existira um ator principal. Você era esse ator. Percebeu que na 1ª parte da peça você tinha sido um personagem brilhante, seguro, marcante, sensível, líder de si mesmo. Tinha sido um excelente autor da sua história, escrevera nas páginas da sua memória a sua peça. Dirigira com maestria a sua vida.
Na segunda parte, você tinha deixado o palco, se auto-abandonara, tornara-se um espectador passivo. Então, entendeu que nesses momentos os atores coadjuvantes, representados pelos seus conflitos, traumas, pensamentos negativos e emoções tensas, o controlaram e dominaram. Infelizmente, você deixou de ser o ator principal nos momentos em que mais precisava. Foi uma triste, mas importante descoberta. Percebeu que toda vez que estava ansioso, irritado, frustrado, impaciente, você não conseguia administrar sua emoção. Sua capacidade de raciocinar ficava bloqueada, e por isso você ia para a platéia. Comportava-se como um espectador da sua vida, não a dirigia. Compreendeu que isso acontece com todo ser humano. Quando temos reações estúpidas, impensadas e sem compaixão, estamos sendo manipulados pelas dificuldades externas e internas. Reconheceu, assim, que os fracos culpam e agridem, mas os fortes são tolerantes e amáveis.
Você tinha prometido a si mesmo que seria mais tranqüilo, não levaria problemas para casa, teria mais sonhos, veria mais flores, abraçaria mais, faria da vida uma festa. Mas não cumpriu suas promessas. Por isso, concluiu que não podia culpar ninguém por suas falhas. Tinha de assumi-las com honestidade.
Também concluiu que não adiantava se remoer de culpa, tinha de compreender as suas limitações e aprender a corrigir suas rotas. mas como fazer isto? Será que não é melhor ficar na platéia do que falhar no palco? Será que vale a pena correr riscos? Você tinha adiado muitas decisões na sua vida. Chegara à hora de decidir! Mas que atitudes tomarem?
Entrar no Palco ou Ficar na Platéia:
No teatro da nossa mente nossa meta é ser o ator principal. Ficar na platéia é abandonar a si mesmo…
Após esses belos momentos de reflexão, você olhou para a platéia e ficou mais uma vez chocado. O teatro estava vazio. Intrigado, você se bombardeou de perguntas: “Onde estão as pessoas que eu amo? Todas me abandonaram no momento em que mais preciso delas?”. Gostaria de abraçar um amigo, chorar junto, pedir seu apoio, mas as poltronas estão vazias.
Você se desesperou, sentiu-se sem chão. Mas em seguida teve outro insight maravilhoso, outra percepção profunda. Num piscar de olhos compreendeu o quebra-cabeça em que tinha se envolvido. Enxergou, afinal, que não havia um teatro físico. O teatro em que estava era o ambiente da sua própria mente. As pessoas nunca estiveram presentes fisicamente na platéia. Elas estavam todas na sua memória. Vieram à tona porque v1ocê fez um mergulho em seu inconsciente, porque viajou pelas avenidas do seu ser. Nessas viagens, conheceu seus jardins e seus desertos. Viveu uma fantástica experiência de se encontrar consigo mesmo. Muitos nunca se encontram. A peça teatral tornou-se o espelho da sua história. Sentiu que seu maior desafio era liderar sua vida, mas você se auto-abandonava. Necessitava modificar sua história, mas sentia-se impotente. Você entendeu que empurrava a vida. Percebeu que não fazia escolhas, que adiava decisões, não exercia seu livre-arbítrio…
Teria de resgatar sua garra, e voltar a fazer da vida uma grande aventura. Teria de implodir o tédio, a rotina, a mesmice. Precisaria dar mais atenção aos seus amigos, amar mais seus íntimos, ter novos começos. Precisaria elogiar mais e criticar menos, agradecer mais e reclamar menos, viver mais suavemente e cobrar menos das pessoas. Deveria subir no palco tantas vezes quantas fossem necessárias. Ao enxergar isso, mergulhou dentro de si, olhou para todas as tentativas frustradas de mudar sua vida e começou a achar que era quase impossível vencer seu mau humor, suas lamentações, sua ansiedade, impaciência, irritabilidade. Você aconselhou muitas pessoas a deixarem de ser frágeis, a pararem de olhar para os próprios pés, a levantarem a cabeça, fixarem os olhos no horizonte, mas agora não conseguia ouvir sua própria voz. Tinha dito para a platéia que batera na porta da vida e proclamara que não tinha medo de vivê-la, mas agora se sentia inseguro, paralisado. Essa história revelou que você vivera a mais dramática solidão: a de ter esquecido de si mesmo na sua trajetória existencial. Cuidou de muitos, mas não de si. Esqueceu-se de garimpar ouro no solo das suas psiques, um lugar onde o dinheiro não vale nada e a sabedoria vale muito… Empobreceu, tornou-se triste e ansioso. Chorou…
Infelizmente, a história que contei representa uma parte da biografia de cada um de nós. Não ficamos atentos para corrigir as pequenas mudanças que corroem nossa qualidade de vida. Só descobrimos nossas derrotas depois das grandes perdas. Por fim descobrimos: Ser espectador gerou um falso conforto. Fomos controlados por nossos problemas. Perdemos as coisas que mais amávamos, inclusive dentro de nós. A vida deixou de ser simples, gostosa, suave. O que fazer? Precisamos resgatar o amor pela vida, o amor mais excelente… “Você é apaixonado pela vida? O que você faria se estivesse nesse teatro?”. Ficaria na platéia? Entraria no palco? Seria um figurante tentando uma oportunidade para aparecer? Faria um papel de importância? Seria um ator coadjuvante? Ou entraria no palco e proclamaria: “Esta é a minha vida! Eu não abro mão de ser o ator principal!”.
A humanidade gerou imensas platéias e poucos atores principais. Por isso, guerras foram deflagradas, sofrimentos perpetrados. Precisamos procurar responder a certas perguntas. Por que é mais fácil estar na platéia? Por que permitimos que o medo nos encarcere, as idéias negativas nos aprisionem e as emoções tensas bloqueiem a nossa inteligência?
Por que líderes empresariais que dirigem milhares de funcionários são às vezes frágeis líderes de si mesmos, a tal ponto que uma frustração gera neles uma ansiedade explosiva? Por que alguns intelectuais brilham quando tratam assuntos lógicos, mas perdem a lucidez quando contrariados?
Por que educadores experientes não conseguem educar a própria emoção e submetê-la ao domínio da sua vontade? Por que pais maduros às vezes falham drasticamente, têm reações impulsivas e fere quem mais amam? Por que jovens que batem no peito dizendo que são livres são na realidade escravos das suas ansiedades e conflitos?
A partir de agora tentarei responder a essas perguntas. Quero começar afirmando que a maioria das pessoas que não tem doenças psíquicas clássicas, como depressão e fobias, também não foram treinadas para gerenciar os pensamentos, administrar as emoções, virar a mesa em seu inconsciente. Você fez esse treinamento? Uma das grandes causas da falha da educação em realizar esse treinamento é que a psicologia estudou pouco como o próprio eu se forma, como se constroem os pensamentos e quais os papéis da memória na formação da personalidade. Convido-os, agora, a penetrar no admirável funcionamento da mente!
Compreendendo o Teatro da Mente Humana:
O maior líder é aquele que reconhece sua pequenez, extrai força da sua humildade e experiência da sua fragilidade…
Inteligência multifocal é a teoria que desenvolvi durante mais de vinte anos sobre o funcionamento da mente e que tem sido estudada por vários cientistas e usada em vários países em teses acadêmicas. Ela traz luz a vários pontos obscuros da nossa inteligência. Por exemplo: “a construção de pensamentos é multifocal.”
Isso significa que, ao contrário do que a ciência pensou durante séculos, não é apenas o “eu” que constrói cadeias de pensamentos. Vimos que pensar é inevitável, pois há três outros fenômenos inconscientes que lêem à memória e produzem milhares de pensamentos. São eles: “o Gatilho da Memória, a Janela da Memória e o Autofluxo”.
A teoria da Inteligência Multifocal demonstra que somos mais complexos do que a psicologia e a psiquiatria têm pensado até hoje. Você não acharia um absurdo se visse um carro andando sem um motorista, apenas com um passageiro no banco de trás? Isso ocorre na mente humana. Se o “eu”, que representa nossa capacidade consciente de decidir, não dirigir o veículo da nossa mente, ele será dirigido pelos fenômenos inconscientes do gatilho da memória, da janela da memória e do autofluxo. Esses três fenômenos são três atores coadjuvantes do teatro da mente. Eles produzem tanto os pensamentos belíssimos quanto os perturbadores, tanto as alegrias quanto as misérias afetivas. Há pessoas que sofrem muito com idéias obsessivas. Têm mania de limpeza, perfeccionismo, contar e recontar coisas, repetição de hábitos, como apertar a pasta de dente sempre do mesmo modo. Algumas estão ótimas de saúde, mas pensam que estão com AIDS, que têm um câncer ou que vão enfartar. São cultas, mas escravas das suas idéias fixas. Quem produz os pensamentos que detestamos? São os três fenômenos inconscientes que citei. Eles comandam o palco. Observe! Todos nós pensamos tolices, nos atormentamos com idéias absurdas, sofremos por antecipação. “Você governa seus pensamentos ou eles o dominam?”.
Há pessoas que têm todos os motivos do mundo para serem alegres, mas são tristes. São boas pessoas, têm família maravilhosa, dinheiro, casa na praia, prestígio social, mas choram como crianças, sentem-se insatisfeitas, infelizes. Não têm psicose, nem traumas psíquicos importantes, mas os atores coadjuvantes da sua mente controlam o palco. “O eu tornou-se um mero espectador.”
Um grande industrial disse-me certa vez que tinha inveja dos funcionários do chão de fábrica, pois cantavam durante o trabalho, enquanto ele era um rico-miserável, pois sentia-se aprisionado por idéias perturbadoras, vivia ansioso e sem encanto pela vida. Por que temos três atores coadjuvantes no teatro da nossa mente? Não poderia existir apenas o ator principal? Por que não temos pleno domínio de nós mesmos? Tais perguntas expressam o coração da psicologia e da filosofia. Vou dar aqui duas respostas. Primeiro, sem os atores coadjuvantes, o teatro seria um monólogo e somente o ator principal atuaria: nossa espécie morreria de tédio, angústia e rotina. Haveria suicídio em massa. Por quê? Porque grande parte dos sonhos, inspirações, criatividade e idéias que nos distraem e animam é produzida pela leitura espontânea da memória feita por esses três atores, e não pelo eu. Segundo, são os atores coadjuvantes que formam o ator principal no teatro da mente. Quantos pensamentos as crianças até os sete anos de idade produzem por ano? Milhões e milhões. Eles são constituídos de fantasias, distrações, imagens mentais, afetividade. Quem os produz? Não é o “eu”, pois a criança ainda não tem um eu formado, consciente, apto para criticar, decidir, escolher. Quem os produz são os atores coadjuvantes. Por que os produz? Para satisfazer a emoção e alimentar a memória com informações e experiências e, consequentemente, preparar um alicerce para que o “eu” amadureça, tenha consciência e se torne pouco a pouco o ator principal.
O grande problema é que, se não houver treinamento e educação adequados para formar esse alicerce, o “eu” poderá ser um péssimo ator principal. Quando os atores coadjuvantes lerem à memória e construírem pensamentos perturbadores que geram ansiedade, humor depressivo e pânico, o “eu” não conseguirá entrar em cena, confrontá-los e virar a mesa.
Há pessoas imaturas de vinte, trinta, quarenta anos. São fortes quando as águas da emoção estão tranqüilas. Quando as ondas das falhas e sofrimentos as atingem, elas afundam como pedras.
Um alerta! Pelo fato de esses atores ou fenômenos psíquicos serem tão importantes para gerar o prazer e formar o “eu”, eles nunca terão um papel pequeno no teatro da mente. O que não podem é controlar o palco. Quem deseja uma liberdade sem limite perderá a própria liberdade, será aprisionado por esses atores.
Adquirimos diplomas para atuar no mundo de fora, mas somos frágeis para liderar o mundo psíquico. Temos tendência em ser gigantes no mundo profissional, mas meninos no território das emoções e dos pensamentos. Vamos entender melhores esses fenômenos.
Os Três Atores Coadjuvantes do Teatro da Mente:
Alguns viajaram pelo mundo todo, mas nunca tiveram coragem ou habilidade para viajar para dentro de si mesmo…
Quais as funções dos três fenômenos ou atores coadjuvantes da nossa mente? Farei uma síntese deles.
Gatilho da Memória:
É o fenômeno que faz com que cada estímulo visual, sonoro ou psíquico seja interpretado imediatamente, em milésimos de segundo. As imagens das flores, pessoas, objetos são identificadas não pelo “eu”, mas pelo Gatilho da Memória. Temos Milhões de imagens na memória, mas quando vemos a imagem externa de uma flor, por exemplo, o Gatilho é acionado, acerta o alvo e identifica a imagem. Sem esse fenômeno, o “eu” ficaria confuso.
Como o Gatilho da Memória pode nos prejudicar? Por exemplo, quando alguém vê uma pessoa que o feriu ou rejeitou, o Gatilho é detonado em frações de segundos, abre os arquivos que contêm as ações dessa pessoa, gerando raiva e ansiedade. Se o “eu” não retoma a liderança, ele vai imediatamente para a platéia.
Não somos gigantes. Apesar de o Gatilho ajudar muitíssimo nossa inteligência, diariamente ele nos envia para a platéia. Alguns jovens vão a cada dez minutos para a platéia: ninguém pode dizer-lhes “não” sem que se ofendam. “Quem reclama, agride os outros e se ofende com facilidade é frágil”. Deve retomar o palco. Helena era uma jovem motivada e inteligente. Falava três línguas. Discutia suas idéias com os amigos de maneira segura e livre. Mas tinha um problema, não conseguia falar em público. Quando estava diante de uma platéia exterior, o Gatilho era pressionado na sua mente e abria um arquivo que continha o medo de falhar, de passar vexame. O público levava Helena para a platéia interior. Ela ficava aprisionada. Teve de exercitar-se para deixar de ser uma pobre vítima do Gatilho. O resultado? Tornou-se livre. Não é possível brilharmos nas platéias exteriores se somos tímidos espectadores na platéia da nossa mente.
Autofluxo:
Ele produz a grande maioria dos pensamentos no teatro da nossa mente. Produz os pensamentos que nos distraem, nos animam, fazem sonhar. Como o Autofluxo faz isso? Através de milhares de leituras espontâneas da memória sem uma direção lógica. Você não fica intrigado com certos pensamentos que produz? Pensamos em situações bizarras, em amigos da infância, no tempo. Esse ator coadjuvante nos faz viajar para o passado e para o futuro. Alguns viajam tanto no mundo das idéias que vivem distraídos, não ouvem quase nada do que as pessoas lhes dizem.
Como o fenômeno do Autofluxo, que traz graça e alegria para a nossa vida, que nos ajuda a vencer o tédio e a angústia existencial, pode nos prejudicar? Ele nos prejudica porque não produz somente pensamentos e idéias saudáveis, mas também pensamentos atormentadores e estressantes.
Quando o Autofluxo lê áreas doentias da memória, produz emoções ansiosas, tímidas, culposas, nos faz sofrer por antecipação, resgata experiências dolorosas. Diariamente o Autofluxo nos anima e nos distrai, mas também nos envia para a platéia. Alguns são acorrentados pelas idéias negativas. Os pessimistas vivem um teatro de terror. O bom humor é um bálsamo. Pensar é bom, mas pensar demais é um problema. Se o Autofluxo é superestimulado pelo excesso de atividades, informações e preocupações, geram a síndrome do pensamento acelerado (SPA). Quem tem SPA acorda cansado, sofre pelo amanhã, não se concentra, tem esquecimento e sintomas físicos. A SPA nos imobiliza na platéia. Milhões de pessoas a possuem. Sem o fenômeno do Autofluxo, o “eu” não se formaria. Sem ele, nossa espécie teria depressão coletiva, morreria de tédio. Mas ele não pode ser o ator principal, embora teime em querer liderar nossa mente. “O eu deve gerenciar o fluxo dos pensamentos”.
Matheus era executivo de uma grande empresa. Era líder, não pelo cargo que ocupava, mas por sua qualidade como pessoa. Era otimista, motivava as pessoas e amava desafios. Criava oportunidades nas dificuldades. Sua empresa superava as crises e tinha altos índices de lucratividade. Matheus, porém, era infeliz.
Ele sabia investir milhões de dólares, mas não em sua qualidade de vida. Tornou-se uma máquina de trabalhar. Tinha uma intensa SPA, vivia cansado, ansioso, irritado, triste, sonolento e esquecido. Não era um líder interior. Para não falir sua emoção teve de aprender a administrar seus pensamentos. Como?
Compreendendo o funcionamento da mente e usando as técnicas do próximo capítulo. Quando entendemos o que é o Gatilho da Memória e o fenômeno do Autofluxo, creio que percebemos que temos tendência a ficar na platéia da nossa mente. Isso acontece com todos, inclusive psiquiatras, psicólogos, cientistas, executivos.
A espécie humana, que é tão dominadora, foi em muitos momentos da sua história aprisionada no secreto do seu ser. As guerras, doenças psíquicas, violações dos direitos humanos, destruição do meio ambiente revelam nossa falta de autocontrole. Causamos desastres sociais e ambientais.
Comentarei agora o terceiro ator coadjuvante para entendermos melhor esse processo.
Janela da Memória:
Este é o terceiro fenômeno do teatro da mente. A memória humana se abre por janelas. Cada janela possui um grupo de arquivos que contém milhares de informações agregadas. Temos milhões de janelas no córtex cerebral. Não acessamos arquivos inteiros, como nos computadores, mas as janelas. Algumas janelas são belíssimas, geram prazer, coragem, respostas inteligentes. Outras são doentias, geram ansiedade, ódio, desmotivação. Precisamos entender que os atores coadjuvantes cooperam uns com os outros na saúde e na doença. Como? Deixe-me contar uma história.
Havia um promotor de justiça inteligente. Alguns o temiam. Enquanto atuava no fórum, era o ator principal, brilhava. Mas, de repente, pensava que tinha um câncer no cérebro. Imediatamente o Gatilho era acionado e abria a Janela da Memória que o fazia ter medo de sofrer, morrer, nunca mais ver os filhos.
Segundos depois, o Autofluxo começava a ler todas as informações dessa Janela, fazendo da sua mente um teatro de terror. Ele ia para o banheiro e chorava. Sabia que essas idéias eram falsas, mas, por estar na platéia, as vivia como reais. Você já sofreu por causa das suas idéias? Eu já sofri, mas as superei.
Às vezes brota em nós uma alegria sem motivo ou uma tristeza sem causa. Por quê? Porque durante o dia abrimos várias janelas da memória aleatórias. Já sentiu que parece que conhecemos um ambiente que nunca vimos? Por quê? Porque cruzamos a imagem presente com os milhões de imagens da nossa infância.
Alguns têm tristeza ao entardecer ou no domingo à tarde. Por quê? Porque abrem sutilmente as janelas da solidão e produzem pensamentos tristes e angústias.
Há muitos tipos de janelas doentias: fóbicas (geram fobia social, claustrofobia, etc.), obsessivas (geram idéias fixas), antecipatórias (preocupações com o futuro), da baixa auto-estima…
Janela Killer:
Algumas janelas geram uma emoção com um volume de tensão intenso, contendo, por exemplo, medo, raiva, desespero, que são capazes de bloquear a abertura das demais janelas da memória, travando o raciocínio. São as janelas “killer”, que nos fazem reagir por instinto, como animais.
Todos temos janelas “killer” que nos fazem reagir sem pensar, ser impulsivos, ferir quem amamos. Alguns maridos dizem certas palavras que agridem suas esposas e vice-versa. Brigam por pequenas coisas. Onde brigam: no palco ou na platéia? Quem perde o controle é vítima das janelas “killer”.
Marcos tirava as melhores notas da sua universidade. Os alunos e professores o admiravam. Pensavam que seria um grande homem. Ninguém percebia, mas ele vivia na platéia. Era vítima das janelas “killer”, que geravam nele timidez, insegurança, medo da crítica. Após a faculdade, fracassou. Tinha muitos conhecimentos, mas não sabia trabalhar em equipe, enfrentar desafios, liderar pessoas. Muitos excelentes alunos não têm grande sucesso. É necessário mais do que conhecimento objetivo para nos tirar da platéia e nos fazer ser livres e líderes. Espero que este livro ajudem muitos a saírem da platéia e brilhar no palco. Muitos pais e filhos ferem uns aos outros. Por quê? Porque são vítimas dessas janelas mortíferas. As janelas “killer” contêm os arquivos dos nossos maiores traumas, perdas, frustrações. Elas são responsáveis pela maioria dos suicídios, homicídios, divórcios, fobias, depressão.
Uma recomendação. “Não corrija ou provoque as pessoas que estiverem tensas”. Espere a temperatura da emoção delas baixar. Assim, sairão das janelas “killer”, abrirão sua memória e terão respostas inteligentes. Também “respeite seus próprios limites”. Quando estiver irritado e ansioso, ame o silêncio. No primeiro minuto de tensão produzimos nossos maiores erros.
Os bastidores da mente:
É o inconsciente. Não apenas sofremos quando estamos na platéia assistindo passivamente às nossas experiências doentias, como após deixarem o palco elas vão para os bastidores do teatro da mente, acumulando lixo no inconsciente. Deixe-me explicar. Existe um fenômeno chamado RAM: registro automático na memória. Tudo que pensamos e sentimos é registrado automaticamente na memória pelo RAM, quer o desejemos ou não. Cuidado! Lembre-se do que um ator nos alertou: “sua emoção tornou-se uma lata de lixo.”
Veja se você tem as reações de quem está na platéia: 1 – Reclamar frequentemente; 2 – Reagir sem pensar; 3 – Ansiedade; 4 – Baixa auto-estima; 5 – Intolerância; 6 – Dificuldade; 7 – Pensamento acelerado e controlador; 8 – Emoção hipersensível e sem proteção; 9 – Dificuldade de reconhecer erros e corrigir rotas; 10 – Falta de autocontrole.
Se você tem de uma a duas atitudes, fica pouco tempo na platéia; de três a cinco atitudes, fica muito tempo na platéia; cinco ou mais atitudes, fica plantado na platéia. Há pessoas que optam por serem agressivas e maquinarem o mal. Mas a grande maioria deseja ser tranqüila, feliz, livre, líder. Vejamos agora as técnicas para sermos líderes em nossa mente.
Técnicas Psicológicas para Ser Líder de Si Mesmo:
Um ser humano rico procura ouro na sociedade, um ser humano sábio garimpa ouro nos solos do seu ser.
Neste capítulo estudaremos ferramentas para resgatarmos a liderança do “eu”. Quem deseja tornar-se um ator principal da sua mente, desenvolver sua inteligência e conquistar saúde emocional e intectual precisa prestar muita atenção e praticar as técnicas que comentarei. Elas deveriam ser ensinadas em todos os níveis escolares.
Há duas metas e duas técnicas que alicerçam nossa capacidade de gerenciar os pensamentos e emoções para sermos líderes no palco da mente. Metas: Reeditar a memória; Produzir janelas paralelas da memória.
Técnicas: DCD (duvidar, criticar, determinar); Mesa-redonda do “eu”.
Reeditar a Memória:
Reeditar a memória é um dos processos de transformação da personalidade estudados pela teoria da Inteligência Multifocal. Não podemos deletar a memória, só reeditá-la ou reescrevê-la. Não temos ferramentas para apagar o passado registrado pelo fenômeno RAM, seja bom ou ruim. Só podemos reeditá-lo. O que é reeditar ou reescrever a memória? Não é apagar os arquivos doentes, mas inserir novas experiências nas janelas da memória. É entrar no palco da mente e construir segurança onde existe o medo, lucidez onde existe estupidez, tranqüilidade onde existe ansiedade.
Pedro era um médico prestativo e hábil. Tratava de pacientes com maestria e segurança. Um dia teve um ataque de pânico. O Gatilho da Memória detonou e gerou uma janela “killer”. Pedro começou a ter medo de enfartar. O fenômeno do autofluxo alimentou-se dessa janela e produziu inúmeras idéias negativas. O fenômeno RAM registrou-as e expandiu seu medo inicial.
Sua saúde estava ótima, mas a janela “killer” bloqueou seu raciocínio. Os ataques se repetiram. Viveu o cárcere do medo. Parou de trabalhar e ficou deprimido durante muitos anos. Mas saiu do caos. Libertou-se depois que usou a técnicas do DCD para reeditar a memória. Muitas pessoas calmas e seguras se tornam ansiosas e inseguras ao longo dos anos, pois vão acumulando nos bastidores da mente as suas frustrações, perdas e problemas psíquicos e sociais. Sem perceber, vão transformando as janelas saudáveis em doentias, e perdendo o sorriso. Seu prazer de viver vai sendo destruído.
Reeditar o filme do inconsciente (memória) é a primeira meta para quem quer deixar de ser algemado pelos atores coadjuvantes do teatro da mente e pelos traumas, conflitos, angústia, estresse. Alguns perpetuam terapias por anos porque não aprenderam a reeditar a memória. Como reeditá-la?
Técnica do DCD:
A primeira técnica excelente que tenho usado para estimular o “eu” a sair da platéia, entrar no palco, gerenciar os pensamentos e reeditar a memória é a DCD (duvidar, criticar, determinar).
Essa técnica envolve as três principais perolas da Inteligência Multifocal: a “arte da dúvida” (perola da filosofia), a “arte da crítica” (perola da psicologia) e a “arte da determinação” (perola da área de recursos humanos). Você não imagina a força que temos que fazer para sair da platéia quando usamos essas três artes. Deixamos de serem passivos, conformados e vítimas. Duvide, critique e determine!
Marcos era presidente de uma empresa, mas não presidia sua mente. Reagia como se todas as mulheres o traíssem. Casou-se e fez da sua relação um inferno. Criava idéias de que sua esposa o estava traindo. Torturava-a. Quando ele ameaçou separar-se, ele procurou tratamento. Na terapia, começou a entender que era vítima do passado. Sua mãe havia traído seu pai. Aprendeu a sair da platéia, aplicou o DCD. Duvidou das suas idéias dramáticas e as criticou diariamente. Cada vez que uma idéia dessas surgia, dizia para si: “Essa idéia não tem fundamento”! Não serei mais algemado por ela. Determino ser livre e reconstruir minha história. Conseguiu resgatar a liderança do “eu”.
Não seja aprisionado pelos atores coadjuvantes. Duvide de tudo que eles produzem e que faz você ficar deprimido, ansioso, sem auto-estima. Critique seriamente cada pensamento negativo, cada idéia tola que o perturba, cada angústia, humor triste, medo, insegurança. E, por fim, não peça compaixão para os atores coadjuvantes. “Entre no palco” e determine ser alegre, tranqüilo, conquistar o que mais ama, ser líder de si mesmo. As palestras de auto-ajuda pouco ajudam quando as pessoas não compreendem o funcionamento da mente. Não basta só determinar, é preciso antes duvidar e criticar para reeditar a memória. Quando, no silêncio da nossa mente, “duvidamos, criticamos e determinamos” diversas vezes por dia ao longo de meses, construímos uma nova história. Produzimos prazeres, coragem, reflexões que são arquivados pelo fenômeno RAM nos bastidores da mente.
A técnica do DCD não apaga a memória, mas reedita e reescreve o inconsciente. Assim nos tornamos autores da nossa história. Após seis meses de prática dessa técnica, a qualidade de vida dá um salto, e nos tornamos mais alegres, simples, tranqüilos, seguros, autoconfiantes. Mas é possível reeditar todas as janelas da memória?
Não! Sempre ficam algumas janelas doentias na periferia do inconsciente, difíceis de serem reeditadas. Além disso, mês após mês produzimos novas janelas doentias, geradas pelas decepções, perdas, conflitos sociais. Não há gigantes. Sempre recaímos e voltamos para a platéia. Mas qual é a grande diferença de quem atua como ator principal e faz a técnica do DCD? Essa pessoa se torna mais estável e madura: as dores lapidam a sabedoria, as falhas constroem a tolerância, as perdas geram novas conquistas, os fracassos nos tornam mais fortes. Os grandes líderes da história praticaram o DCD intuitivamente. Tenho estudado a mente de grandes líderes da história, como Moisés, Maomé, Confúcio, Buda. Gostaria de destacar alguém que teve plena consciência de que deveríamos deixar de ser espectadores, que treinou seus discípulos constantemente para saírem da platéia e serem líderes. Seu nome é Jesus Cristo. Escrevi sobre ele uma coleção que analisa sua inteligência. Entenda que não estou falando de religião, mas de uma pessoa fascinante, famosíssima, e tão pouco conhecida no teatro da sua mente. Jesus Cristo nunca deixou o palco, extraiu força da fragilidade, alegria da dor, sabedoria das calúnias. Foi feliz na terra de infelizes. Fomos treinados desde a infância a sermos tímidos, frágeis, inseguros, diante das nossas misérias psíquicas. Já notou que quando algum tipo de medo nos abate, em vez de duvidarmos dele, nós o aceitamos passivamente? Já percebeu que agredimos os outros quando estamos estressados e ansiosos, em vez de criticar o estresse e ansiedade?
Quando se abre uma janela da memória doentia e produz emoção com alto volume de tensão, bloqueamos a leitura das janelas saudáveis, travamos a inteligência. Nos focos de tensão ferimos as pessoas e nos punimos. É justamente nos focos de tensão que precisamos fazer o DCD. Se você deseja ser apaixonado pela sua vida, faça-lhe um grande favor: não seja mais tímido e passivo diante dos seus próprios ataques de raiva, irritabilidade, de seus pensamentos negativos. Peça desculpa se errou. Não brigue com os outros, não os culpe, não discuta. Nossa luta real é interior e silenciosa: no anfiteatro da nossa mente. Os monstros que os atores coadjuvantes encenam no palco – seja o medo, a impaciência, a intolerância, as preocupações – são menores do que você imagina. Mas, se não atuarmos, eles se acumularão no inconsciente e poderão destruir nossos sonhos, nossa paz, o prazer e o amor pela vida.
Janelas Paralelas da Memória:
É a segunda meta que devemos ter para sermos atores principais. Construir janelas paralelas é criar na memória janelas saudáveis que têm interconexão com as janelas doentias do inconsciente. As janelas paralelas abrem-se imediatamente quando as janelas doentias são abertas, fortalecendo a liderança do “eu”. Imagine uma pessoa que tem claustrofobia. No momento em que entra num elevador, abre-se uma janela “killer” que gera um medo dramático de que ele vá parar e o ar vá faltar. Mas se o paciente construiu janelas paralelas, elas se abrirão, criando condições para que ele tenha autocontrole.
Um dos maiores segredos para um ser humano deixar de ser vítima dos seus conflitos e se tornar livre para decidir seus próprios caminhos é criar janelas paralelas inteligentes. Algumas pessoas são quase imutáveis. Elas perpetuam por décadas sua teimosia, sua rigidez, sua ansiedade. Por quê?
Porque não reeditam seu inconsciente, nem constroem janelas paralelas. Estão algemadas na platéia. Você construiu várias janelas paralelas intuitivamente ao longo de sua vida, provavelmente sem perceber e sem saber como o fez. Por isso, superou certos fracassos, mágoas, rejeições, crises. Como criar janelas paralelas?
Mesa-Redonda do “Eu”:
Essa técnica é excelente para criar janelas paralelas em pacientes que desejam superar transtornos psíquicos ou em pessoas que querem desenvolver seu potencial intelectual e expandir sua qualidade de vida.
Ela consiste numa reunião íntima conosco mesmos pelo menos duas vezes por semana durante quinze minutos, ou alguns minutos por dia, por exemplo, durante o banho. Paramos por alguns momentos com tudo, entramos dentro de nós mesmos e debatemos nossos problemas, dificuldades, crises, perdas. Discutimos e traçamos caminhos numa mesa-redonda silenciosa situada no palco da mente.
Bárbara era uma boa pessoa, mas sofria muito. Tinha muitas janelas doentias. Era hipersensível: pequenos problemas causavam-lhe grande impacto. Vivia a dor dos outros. Esperava muito deles e frustrava-se facilmente. Uma crítica estragava-lhe a semana. Não se protegia. Fez terapias por mais de dez anos, mas tinha freqüentes crises depressivas. Em seu último tratamento, aprendeu a técnica da mesa-redonda do “eu”. Isolando-se durante cerca de quinze minutos, fez debates, questionamentos e críticas diárias contra suas características doentias. Em dois meses criou janelas paralelas. Plantou um jardim em sua memória. Deixou de ser vítima e tornou-se autora da sua história.
As psicoterapias analíticas objetivam o autoconhecimento com o fim de reeditar o inconsciente. As psicoterapias cognitivas atuam nos sintomas com o objetivo de criar janelas paralelas. Elas almejam tirar os pacientes da platéia e levá-los para o palco. Se os estimularmos a fazer a técnica DCD nos focos de tensão, e a mesa-redonda do “eu” fora dos focos de tensão, elas dariam um grande salto. Todas as doenças psíquicas podem ser superadas. Se necessário, deve-se usar um antidepressivo ou tranqüilizante, com prescrição médica. Mas não devemos esquecer que o “eu” deve ser sempre o ator principal, e os medicamentos, o ator coadjuvante.
Muitos passam anos sem conversar consigo mesmo. Auto-isolam-se, se auto-abandonam. Conversam com o mundo, mas emudecem diante de si. Nossa espécie é contraditória. Ela é belíssima e complicadíssima. Desenvolvemos tecnologia para falar com o mundo externo, mas não sabemos dialogar com nosso mundo interior.
A maioria das pessoas passa décadas sem falar profundamente consigo mesma. Os jovens sabem operar complexos computadores, mas não sabem criticar suas idéias, repensar sua história e discutir seus problemas. Que sociedade é essa que tem destruído a capacidade do ser humano se interiorizar?
Parece loucura conversar sozinho, mas loucura mesmo é a ausência de autodiálogo. No livro “Dez leis para ser feliz” eu digo: “Se o mundo nos abandona, a solidão é suportável; se nós mesmos nos abandonamos, é insuportável.” Como sermos autores da nossa história se não entramos no palco, escrevemos nossos textos e dirigimos a peça teatral da vida?
Milhões de jovens e adultos levarão suas misérias emocionais para o túmulo, sem saber que poderiam tê-las superado. Nunca entenderam que a mente é como um complexo teatro, que deveriam ter feito uma mesa-redonda em seu interior e deixar de ser vítimas do terrorismo dos pensamentos!
Recebi recentemente um e-mail de uma jovem. Disse-me que era ansiosa, depressiva, comia compulsivamente. Engordou quinze quilos em poucos meses. Sentia medo, nojo, raiva e vergonha de si mesma. Chorava muito. Tentou várias vezes o suicídio. Mas, ao ler meus livros, disse que se levantou e deixou de ser vítima dos seus conflitos.
Começou a treinar ser líder de si mesma. Emagreceu, voltou a estudar, sorrir, ser apaixonada pela vida. Agradeceu-me e disse com convicção: “Descobri, com a leitura dos seus livros, que todos temos problemas, uns mais, outros menos, mas só não muda sua história quem está morto…” Ela saiu da platéia e subiu para o palco.
Gostaria de enfatizar que os fenômenos ligados ao funcionamento da mente descritos neste livro representam temas novos e fundamentais na psiquiatria e psicologia. É uma grande luz no caos das sociedades modernas que se tornaram fábricas de pessoas ansiosas, estressadas e sem identidade.
Não há milagres para reeditar a memória e criar janelas paralelas. O processo não é mágico. Mas não desanime quando recair. Insista, eduque sua emoção, treine. Persevere, mesmo quando achar que não tem mais força. Se precisar chorar, chore, mas não desista quando tropeçar. Aos poucos você vai se surpreender.
Considerações Finais:
Quem tem luz exterior caminha sem tropeçar, quem tem luz interior caminha sem medo de viver…
A lista de pessoas encantadoras que foram algemadas na platéia é enorme. Elas poderiam ter mudado suas histórias se conhecessem as técnicas que estudamos.
Crianças extrovertidas perderam para sempre sua seguranças depois que sofreram traumas e perdas. Garotas brilhantes tiveram sua auto-estima dilacerada por não terem um corpo de acordo com o padrão doentio da mídia. São belas, mas não reconhecem isso. Estudantes inteligentes não conseguiram ter sucesso, porque falharam nas provas. Jovens sensíveis perderam o romantismo da vida depois de fracassarem em seus relacionamentos afetivos.
Adultos lúcidos e amáveis foram amordaçados pela timidez, sentiram-se diminuídos sem saber que nunca foram inferiores aos outros. Trabalhadores competentes foram bloqueados pelo medo de serem reprovados pelos colegas, não exteriorizaram seus pensamentos, não conseguiram debater suas idéias, nem trazer soluções.
Empresários admiráveis nunca mais se levantaram depois de atravessarem uma crise financeira. Sentiram vergonha e medo social. Executivos fascinantes deixaram de ser empreendedores depois que atravessaram o vale das derrotas. Não souberam construir força na fragilidade e oportunidade nos desafios.
Pais maravilhosos, por não saberem falar a linguagem da emoção, nunca disseram aos filhos as palavras mágicas: “eu te amo”, “me perdoem”, “deixem-me conhecê-los”. Filhos magníficos, ao se sentirem feridos pelos pais, nunca mais dialogaram com eles, não descobriram seus sonhos, suas dores. Só os valorizaram depois que eles fecharam os olhos…
Professores fantásticos, por não compreenderem a construção da inteligência, fizeram da memória dos alunos um depósito de informações, deixaram de ser mestres da vida, não os ensinaram a ser líderes dos pensamentos, a educar sua emoção e a desenvolver a arte de pensar. Pessoas maravilhosas foram e têm sido acorrentadas pelas suas angústias, aprisionadas pelas suas preocupações, controladas pela sua ansiedade, sufocadas pelo seu estresse, paralisadas por seus medos. Não aprenderam a resgatar a liderança do “eu” e a ser livres. Permita-me enfatizar que a educação mundial está errada. Ela não nos prepara para atuarmos no território da psique. Apenas nos dá conselhos pouco eficientes. A falta de conhecimento sobre o teatro da mente humana é gritante. Por isso, apesar de vivermos em sociedades livres, há mais escravos hoje do que no passado. Só que o cárcere é interior. O estado normal do ser humano tem sido estressado e ansioso, e o anormal, relaxado e tranqüilo. A educação e a psicologia preventivas precisam passar por uma revolução. Este livro vem ao encontro dessa urgente necessidade. Se os pais e professores ensinarem os princípios deste livro às crianças e aos jovens, poderemos prevenir depressões, suicídios, estresse, ansiedade, fobias, timidez, dependência, crises nas relações sociais. Já pensou se jovens e adultos aprendessem a controlar o palco da sua mente?
Precisaríamos menos de psiquiatras e psicólogos clínicos. Teríamos mais poetas e menos doentes. Seríamos uma espécie feliz. Mas saiba que ser saudável não é estar sempre alegre e bem-humorado. Ser saudável é aprender a ter encanto pela vida, mesmo depois dos golpes e tristezas. Ser sábio não é deixar de falhar, nem de ter atitudes tolas. Ser sábio é reconhecer essas atitudes, utilizá-las, e deixar de ser submisso às misérias psíquicas.
Os mais fortes também têm seus momentos de fragilidade. As pessoas mais cultas passam por momentos de incoerência. O ser humano mais gentil também perde a paciência. A pessoa mais rígida e auto-suficiente derrama suas lágrimas, ainda que escondidas. Em alguns momentos você irá ficar decepcionado consigo mesmo e com as pessoas que ama. Mas não reclame, pois não há pessoas perfeitas. Não só de sucessos vive o ser humano, mas da convicção de que “nas dificuldades podemos escrever os melhores textos das nossas vidas”. Dialogue com as pessoas ao seu redor, surpreenda-as, descubra-as. Faça agradáveis mesas-redondas consigo mesmo. Revise suas rotas, refaça seus caminhos, gerencie seus pensamentos, administre sua emoção. Seja um amigo da arte da dúvida e um amante da arte da crítica. A vida é a obra-prima do autor da existência. Trate-a como seu maior tesouro.
Não espere enfartar para cuidar da sua qualidade de vida e nem perde o que mais ama para tomar decisões. Decida, faça escolhas, planeje sua vida. Os tesouros do coração são conquistados, não nos chegam através dos genes.
Na história de qualquer ser humano, há aplausos e vaias, pensamentos serenos e idéias perturbadoras, doces emoções e amargas experiências, júbilos e lágrimas.
Desejo que em cada um desses momentos você descubra que seu maior desafio não de conquistar o mundo exterior, mas sair da platéia, entrar no palco e aprender a ser…
O Ator principal do teatro da sua mente.
O Autor da sua história.
O Grande líder de si mesmo.
Compilação: Luís Felipe Corga Moreira
Mensagem enviada para o Instituto Luz


Gratidão,  Luís Felipe!
Isaura Lamat Uaxac kin 8 de Sirius